Nos meses de setembro e outubro do ano Npassado, a Orquestra Sinfônica de Teresina embarcou rumo ao interior do Estado com um novo projeto: “Concertos pelo Piauí – Rio Abaixo, Rio Arriba”. Em parceria com o Conselho Nacional do SESI (Serviço Social da Indústria), a OST visitou 10 cidades, sendo quatro na região Norte: Barras, Piracuruca, Parnaíba e Piripiri, “Rio Abaixo”, e seis na região Sul: Água Branca, Floriano, Oeiras, Picos, São José do Peixe e Palmeirais, “Rio Arriba”.

O projeto é uma continuidade da iniciativa da Orquestra Sinfônica de Teresina de levar música erudita a um público que não tem acesso a esse tipo de gênero. Começou em 2010, quando a OST realizou o “Concertos pelo Sertão”, visitando cidades de quatro estados do Nordeste. O sucesso dessa primeira empreitada motivou uma nova excursão, dessa vez, dentro do próprio Piauí.
“Não basta ficar nas salas de concerto fazendo música para quem já conhece, é preciso também formar novas plateias”, explica o
maestro Aurélio Melo.

O repertório manteve a mistura de erudito com popular, uma característica já marcante da OST. A lista de músicas incluiu Beethoven, Tchaikovsky e Rossini, mas também trilhas sonoras de clássicos do cinema, temas religiosos, além de Música
Popular Brasileira, com arranjos especiais para orquestra. O grande diferencial foi a inclusão do Hino do Piauí e do hino da
cidade que recebeu o concerto: uma grande surpresa para o público, que se sentiu, ainda mais, aproximado. “Por terem como
objetivo refletir a união e glorificar a história e tradições locais, autoestima do piauiense, sobretudo o do interior”, disse Abiel
Bonfim, administrador da Orquestra.

«Na condição de participante, sinto-me completamente satisfeito com o resultado alcançado. Além da organização, da
boa performance dos músicos, tanto nas apresentações, quanto fora delas, o mais importante para mim foi o objetivo principal
alcançado: levar, através da música, um pouco de autoestima a esse povo sofrido e tão acostumado a falsas promessas. O
‘Concertos pelo Piauí’ é bem mais que um concerto: é um ‘Overture’ de fé e esperança, que ilustra nossa capacidade de
transformar nosso meio a uma condição mais humana”, resume o maestro.